domingo, 9 de outubro de 2016

A HISTÓRIA DE PERUÍBE - Parte II (de 1553 a 1959)

Bem vindos, amigos e visitantes!

Vamos continuar a conhecer a História de Peruíbe e do Brasil mais um pouco?!

Bem, no post anterior, estávamos a um dia das eleições. Como foram de votação? Se seu candidato ganhou, olho nele. Se não, olho nele também, afinal, zelar pela nossa cidade é zelar pela nossa qualidade de vida. Vamos deixar de ser passivos e passar a fazer parte da administração das nossas cidades!!!

As "cenas dos próximos capítulos" pararam na chegada do Pde. José de Anchieta, em 1.553. Ele foi trazido pelo Pde. Leonardo Nunes que, infelizmente em 1.554, faleceu num naufrágio.

Peruíbe desenvolveu-se até 1.563, quando um levante dos índios ameaça liquidar toda a obra dos catequistas no litoral paulista, obrigando Anchieta a transferir seu reduto para perto de Itanhaém e abandonar de vez a região em 1.565. Nessa fase, a Aldeia de São João Baptista vai decaindo e, no início do Séc. XVII (1.600), volta a se desenvolver como uma colônia de pescadores.


Catequização dos índios. Foto "Mundo Educação":



Durante um período, a Aldeia de São João Baptista passou para a denominação de Vila da Conceição de Nossa Senhora. É que, naquela época, existiam denominações de Vila, Aldeia, Bairro, Freguesia. Pelas pesquisas de documentos deixados por José de Anchieta, Frei Gaspar, Benedicto Calixto, pesquisadores entendem que as Ruínas do Abarebebê/Colégio São João Baptista, foi o início da fundação da Vila da Conceição de Nossa Senhora, atual Peruíbe. Porém, por volta de 1.640, a denominação de Vila foi perdida e voltou para Aldeia de São João Baptista.

Esse status de "Vila" foi perdido para Itanhaém (que ainda não tinha esse nome) pelo fato dessa Aldeia ser mais próxima da Vila de Piratininga (São Paulo), que crescia a cada dia. Assim, os Portugueses que lá moravam, fizeram por onde elevar a Aldeia para Vila, o que fez de Itanhaém um local com mais movimento e desenvolvimento. Inclusive, os próprios índios catequizados levaram o acervo da Igreja do Abarebebê para o Convento de Itanhaém (que é um ponto turístico de lá e...haja fôlego para subir o morro!!!), com medo de saqueadores, que começaram a invadir a região da Aldeia de São João Baptista.


Convento de Itanhaém: foto Google


Tudo piorou quando, em 1.748, os padres Jesuítas foram expulsos do Brasil, pois sua atuação estava interferindo nas ações da Coroa de Portugal e em seus interesses. Sem a proteção dos Jesuítas e rebaixada à Aldeia, a atual Peruíbe consolidou-se como uma região de pescadores e entrou em declínio e abandono. Em 1.871 recebeu sua primeira "Cadeira Educacional".  Em 1.914, chegou a Estrada de Ferro Santos-Juquiá (Cidade do Vale do Ribeira) e novos imigrantes. Também teve expansão a bananicultura, presença forte até hoje. Ficou ligada à Itanhaém até 1.959.

Mapa da estrada de ferro Santos-Juquiá: 


Curiosidade:

A estrada de ferro foi construída pelos ingleses da Southern São Paulo Railway, entre 1.913 e 1.915. Em 1.927 o Governo do Estado comprou a linha e a entregou para a Estatal Sorocabana.

Abaixo, a esquerda, propaganda integral de lotes a venda em Peruíbe. A direita, ampliado, o anúncio. Jornal Folha da Manhã, 07/07/1.946.

Fonte: www.estacoesferroviarais.com.br:










Nos anos de 1.950 tivemos a construção das rodovias que chegaram ao Litoral Sul. Com isso, a atividade comercial começou a crescer, especialmente a imobiliária. Nessa época, a Câmara Municipal de Itanhaém contava com representantes do Distrito de Peruíbe, entre eles, o vereador Geraldo Russomano (sim, avô de Celso Russomano) e João Bechir, que conseguiram efetivar a realização de um plebiscito, para definir a emancipação política de Peruíbe. Isso foi em 24 de dezembro de 1.958 e, em 18 de fevereiro de 1.959, o distrito passou a ser um município desmembrado de Itanhaém.

Ufá! Esse post deu trabalho!!! Essa é uma parte da história bem difícil de pesquisar, de forma específica para a região. Foi confuso entender o que aconteceu; espero que eu tenha entendido direito, para não passar informação errada. O que ficou muito claro é que mesmo sendo essa Capitania a principal, mais centralizada e tendo como donatário o Martin Afonso de Sousa, o desenvolvimento foi feito a duras penas e aqueles que aqui habitavam sofreram muito. Os índios, então, nem se fala. Tanto é que colocaram os Jesuítas prá correr, depois de 11 anos, quando perceberam que a atuação deles estava fazendo mais mal do que bem: a catequização estava facilitando a captura deles, para serem vendidos como escravos. Não era a intenção dos jesuítas mas... foi o que aconteceu.

Gostaram?! Até o próximo post, boa semana todos!!!

Paz e luz.


Sofia Golfetto Silva
Consultora em organização

2 comentários:

  1. Adorei conhecer mais um pouquinho da história do nosso litoral. Parabéns, Sofia e continue trazendo para nós todas as novidades. Um beijo.

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  2. Ingrid, como sempre, muito carinhosa e atenciosa! Obrigada pela força, por gostar dos conteúdos. Falo poucas postagens mas, para cada uma, há pesquisa e empenho, para trazer sempre bom conteúdo e deixar meus leitores felizes!!!

    Um grande beijo!!!

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